Onde tudo começou: Centenário, em festa, recebe os campeões
Não haveria local melhor para a celebração do orgulho celeste. O Centenário, símbolo máximo do futebol uruguaio, recebeu os heróis da Copa América na madrugada desta segunda-feira. Os campeões continentais chegaram ao estádio depois das 3h, mais de quatro horas depois de desembarcar em Montevidéu. Com a taça em mãos, eles deram a volta olímpica no palco da Copa de 1930, diante de 30 mil pessoas que encarar o frio, o sono e o cansaço para festejar o título. Foi um elo entre o novo título e a conquista anterior da Copa América para os charruas. Em 1995, o Uruguai foi campeão ali.
Loco Abreu comandou a festa no estádio. De microfone em punho, chamou os colegas para que se dirigissem ao público. Brincou especialmente com Lugano.
- Ganhamos um prêmio por Fair Play. Vocês acreditam que o entregaram ao Lugano? - questionou o atacante do Botafogo, brincando com a forma pouco amistosa de marcar do ex-são-paulino. - Mas eu também ganhei um prêmio: o de melhor reserva - completou o atacante, suplente do Uruguai na Copa América. Foi uma festa. A passagem do ônibus levou ao delírio os milhares de uruguaios presentes nas ruas. Os atletas, em cima do veículo, gritavam para os fãs, vibravam como eles, tratavam cada segundo como se fosse um momento de gol. Forlán não desgrudou da taça. Loco Abreu fez sua bagunça. Em plena madrugada, Montevidéu seguia celebrando o título, após a vitória de 3 a 0 sobre o Paraguai em Buenos Aires. O ponto negativo foi a falta de organização da festividade. Quase metade do público presente no Centenário debandou antes da chegada dos jogadores, tamanha a demora. Os que ficaram tiveram que lidar com insegurança e efetivo policial claramente insuficiente.